Gwenzi T, Schrotz-King P, Anker SC, Schöttker B, Hoffmeister M, Brenner H. Post-operative C-reactive protein as a strong independent predictor of long-term colorectal cancer outcomes: consistent findings from two large patient cohorts. ESMO Open. 2024 Apr;9(4):102982.
Este trabalho, publicado pela ESMO, revela a utilidade de um marcador inflamatório da prática diária, atribuindo-lhe uma faceta de prognóstico a médio e longo prazo no CCR particularmente no doente com idade inferior a 65 anos à data do diagnóstico. Os biomarcadores sanguíneos pós-cirurgia podem ser úteis para orientar as decisões de tratamento e vigilância dos doentes com cancro colo-rectal (CCR). No entanto, a maioria dos biomarcadores candidatos têm pouco ou nenhum valor preditivo para além do estádio no momento do diagnóstico. O objetivo deste estudo foi investigar o valor prognóstico independente da PCR a longo prazo do CCR em duas grandes coortes de doentes. Os níveis de PCR foram medidos a partir de amostras de soro de doentes com CCR recolhidas 1 mês após a cirurgia nas coortes alemãs DACHS (n 1⁄4 1416) e UK Biobank (n 1⁄4 1149). As associações da PCR no pós-operatório com a sobrevivência global (OS no artigo original), e a sobrevivência específica do CCR (CSS no artigo original) foram avaliadas utilizando a regressão de Cox e apresentadas como rácios de risco, com intervalos de confiança de 95%, ajustados para as principais co - variáveis sociodemográficas e clínicas. Em ambas as coortes, foram observadas fortes e consistentes relações dose-resposta entre a PCR avaliada no pós-operatório, tanto a sobrevida global como a sobrevida específica. As associações entre a PCR pós-operatória e a sobrevida global foram particularmente fortes entre os pacientes mais jovens (<65 anos ao diagnóstico; valor de P para a interação por idade <0,01). A PCR sérica determinada um mês ou mais após a cirurgia permite não só decisões terapêuticas e também para a vigilância do curso da doença de pacientes com CRC, particularmente aqueles <65 anos de idade ao diagnóstico. António Oliveira |
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